Depois da AG

Positivo:

O chumbo da Delegação de Poderes na Conselho Leonino - Entendo a pretensão dos proponentes querem agilizar a gestão do clube ao nível decisório tirando da AG algumas competências e delegando-as num forum mais restrito e onde, a discussão de questões por vezes bastantes complexas, pode ser feita com maior tranquilidade e de maneira mais produtiva, no entanto ainda é muito cedo ( o processo de auditoria externa ainda mal se iniciou ) para que os sportinguistas possam confiar a um grupo tão restrito e composto por algumas pessoas que, não raras vezes, pelas atitudes que tomam e declarações que proferem nem parecem sportinguistas, poderes tão relevantes como aqueles que se pretendia ver-lhes concedidos e que diziam respeito por exemplo à possibilidade de endividamento do clube acima de determinados limites ou da alienação de património.

Não deixa aliás de ser curioso que sendo a questão de tão grande importância as cadeiras destinadas no Pavilhão Atlântico aos Conselheiros Leoninos, estivessem...quase vazias. Sintomático.

Negativo:

O chumbo da alteração estatutária que permitiria à Direcção negociar os direitos de naming do Estádio e tomar a decisão final nesta sede.

Estou certo que é muito difícil para qualquer Direcção negociar com um parceiro um contrato de naming nestes termos pois nenhuma empresa envidará esforços sérios nesse sentido correndo o risco de ver depois o nome por si proposto chumbado pela Assembleia Geral.

É verdade que era uma alteração não isenta de riscos, pois como um sócio bem lembrou na sua intervenção, no limite podíamos ficar com um Estádio WC Pato, por exemplo, no entanto quero acreditar que 1) a Direcção encarregue desta negociação teria algum bom senso e não aceitaria que fosse dado um nome exótico ou humilhante ao Estádio José de Alvalade ( sim, porque o Estádio teria sempre este nome mais o nome adicional contratado ) e 2) os patrocinadores que se movimentam nesta área de negócio são normalmente grandes grupos ligados à Banca, aos Seguros, aos Transportes, à Indústria Alimentar, etc ( vejam-se os casos da Allianz Arena; Emirates Stadium; Veltins Arena; etc ) pelo que as possibilidades de acabarmos com uma Tampax Arena, ou um Estádio Ginjinha de Óbidos eram diminutas.

No final de contas penso que o processo foi positivo, pois decorreu de uma forma bastante cordial ( nada a ver com as dusa últimas AG´s ) e se saldou por um passo em direcção ao futuro, e quando assim é estão todos de parabéns: Comissão de Revisão, Conselho Directivo e Sócios.

SL