Pois é, quem anda a brincar com o fogo acaba por se queimar.
Aos altos serviços prestados à nação pelo inefável Gilberto e "sus muchachos" pode-se acrescentar já mais um brilhante episódio.
Desde a pouca-vergonha que foi a não intervenção da FPF no incidente com o ADOP em que uma simples reunião e um pedido de desculpa formal poderiam e deveriam ter encerrado o incidente da Covilhã, até tudo o que se tem seguido com processos disciplinares, condenações avant la lettre , convocatórias por encomenda e agora um resultado impensável, estão reunidos os ingredientes necessários para que se escreva mais uma página de ouro do futebol luso.
Se a isto acrescentarmos a perca de utilidade pública da FPF, o episódio de Macau com o ex-seleccionador António Oliveira, as pêras do Scolari e do Carlos Queirós e a final do Euro perdida em casa, tenho de me perguntar: mas afinal o que é que falta para esta pandilha se ir embora ? Não há um Kim Il Sung, se necessário, que ponha mão nisto ?
Toda esta inépcia, toda esta bandalheira, tem sido disfarçada apenas pelo inegável talento e brio de alguns dos jogadores que fazem parte das várias gerações de futbolistas que têm servido a Selecção ao longo dos últimos anos, mas também isto começa a estar comprometido pela convocação de elementos lesionados, fora de forma, ou sem "futebol jogado" que justifique a sua chamada.
A renúncia à selecção de alguns dos mais internacionais jogadores de Portugal é o reflexo disso mesmo e prevejo que não se vai ficar por aqui.
E no fim o que resta? Restam as 9.000 almas que ainda acreditam que é lá em baixo no relvado que tudo se joga e que se dão ao trabalho de ir ao estádio gritar por uma Selecção que infelizmente refelcte cada vez mais a triste realidade do país que lhe deu nome, onde o compadrio, o clientelismo, a cunha e a sã conivência com a incompetência e o laxismo são regra.
E porque quem está mal não são os adeptos, não posso em consciência pedir-lhes para deixarem de apoiar mas antes que façam tudo o que estiver ao vosso alcance para que juntos consigamos por a andar esta escória da Federação.
Usando as palavras do Prof. Carlos Queirós que, ironicamente, também faz agora parte do status-quo: Urge dar uma vassourada na porcaria o quanto antes !
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