Mais uma jornada de sofrimento mas desta vez com um final feliz.
Começo a acreditar que se este ano até nem temos sido, no global, prejudicados pela arbitragem ( apesar de um escandaloso penalty não assinalado pelo Olarápio do costume e ao qual os Srs. da “Bola”, ao atribuirem-lhe nota 8, também fizeram vista grossa ) os ferros vão ser a nossa Némesis durante toda a temporada: 3 no barrote em 90 minutos e 13 no que vai de ano futebolístico é muita fruta.
Ainda assim não deixa de ser verdade que voltámos a dar 45-60 minutos de avanço com um futebol desligado, trapalhão e com em alguns momentos poucas ganas. Penso que em Alvalade é demasiadamente fácil aos adversários levarem os jogos para o intervalo sem sofrer golos pois nos primeiros 45´ nem um remate de perigo fizémos ( e mesmo sem perigo não me recordo de nenhum ). Isto passa-se há já várias partidas e vem aliás do ano anterior sem que se veja qualquer mudança substancial na abordagem aos jogos desde o minuto 1´ o que me leva a perguntar “Mas que raio anda a rapaziada a treinar durante a semana?” É que os problemas, já tão estafados de identificados, continuam lá e teimam em não desaparecer.
Fico de novo com a sensação de que Paulo Sérgio é um treinador demasiadamente passivo na hora de mexer na equipa com vista à obtenção da vitória, daí que os dois únicos triunfos em casa tenham sido obtidos mesmo a “cortar as unhas” e, quanto a nós, devido à grande entraga do plantel.
Quando era claro o desacerto de André Santos e até o estoiro físico de Abel ( que acabou por marcar o golo da vitória ) Paulo Sérgio teimou em deixar tudo na mesma e quando mexeu…fê-lo mal. Valdés não acrescentou nada e Mati, apesar da lesão que parece ter sofrido – não nos apercebemos – também veio tirar ritmo quando o que se pedia naquela altura da partida era justamente o oposto. No final o melhor entre os suplentes acabou por ser Torsiglieri que até entrou por lesão de NAC.
O público esteve excelente e entre terroristas, talibans, prós e antis-JEB´s se há algo de que o nosso presidente, o nosso treinador e os nossos jogadores não se podem queixar é do grande apoio que têm recebido em todos os jogos e durante os 90 minutos que duram as partidas.
Vamos então aos sinais “+” e “-“ como de costume:
SINAL “+” :
A raça da equipa: quando falta o engenho táctico e a técnica individual não vem ao de cima só há uma coisa que o pode contrariar: o trabalho. A equipa deste ano tem sido enorme nesse capítulo e se temos ganho algumas partidas em boa dose se deve ao denodo e empenho com que os nossos jogadores têm encarado cada desafio.
O “momentum” de Postiga: Ouvir um estádio inteiro a cantar o nome de um avançado cuja carreira no clube tem sido pautada mais pelos golos que falha do que pelos que marca dá que pensar, mas desta vez mais tenho de tirar o chapéu ao Hélder Postiga pela raça e querer que pôs sobre o relvado, pois só por manifesta falta de sorte não inscreveu o seu nome na score-sheet.
O apoio do adeptos: Os adeptos este ano têm encarado as idas ao estádio como um espírito verdadeiramente matrimonial pois têm estado ao lado da equipa na alegria e na tristeza; na pobreza e na riqueza; na saúde e na doença até que a morte os separe.
SINAL “-“ :
O anti-jogo vilacondense: Um hábito em Alvalade e contra o qual os árbitros parecem nada querer fazer.
A 1ª parte do Sporting: É incompreensível como jogo-após-jogo a equipa comete o mesmo erro, entrando nas partidas apática e sem qualquer espírito de conquista. Chegar ao intervalo empatado em Alvalade é mais do que meio caminho andado para não conseguir vencer. Já o deviam saber.
A via-sacra para entrar em Alvalade: É triste apelar à presença dos adeptos nos jogos e no dia em que 28.000 leões decidem ir à sua casa tenham tanta dificuldade em adquirir um bilhete e posteriormente em entrar no estádio. É exasperante o tempo de espera pelo qual devem passar os que querem comprar um bilhete em dia de jogo, e se é verdade que o português deixa tudo para a última da hora, não é menos verdade que o que se passa em Alvalade neste capítulo não é normal. São filas a formarem-se nas escadas e a cruzarem-se com outras filas; com gente a ter de as furar para poder circular em volta do estádio para se dirigir à sua entrada, num caos muito pouco organizado, ao contrário do que seria de esperar numa infra-estrutura tão recente e que devia ter sido concebida a pensar no conforto do espectador.
SL
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