quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Doce e Amargo

Doce:

1. Grande ambiente em Alvalade. A malta puxou pelos rapazes e quando a coisa se estava a meter feia a equipa soube retribuir e dar um boost na chama que se prometia apagar na alma e na garganta dos sportinguistas presentes. Houve momentos em que Alvalade voltou a ser um pequeno vulcão e foi bonito ver o Bojinov a delirar com o espectáculo nas bancadas após assistir André Santos para o 1º da partida. É que nem foi celebrar com os demais. Limitou-se a ficar na linha de fundo a olhar para a Juve com um sorriso de orelha a orelha. Um grande momento.

2. Capel é de se tirar o "chapel". Garra, velocidade, técnica e como diriam os beefs um grande "heart". Gostava de saber quantos km´s correu hoje. Se calhar não foi o que correu mais mas os que correu fê-lo sempre em sprint. Ai amanhã nem te mexes. É mesmo assim que eu gosto de ver: é nos 90 minutos que há que dar o litro porque amanhã é outro dia.

3. Polga voltou a exibir-se em bom nível. Foi pena o golo sofrido no último suspiro pois é sempre bom para a moral manter a baliza inviolável mas ainda assim volta a merecer sinal mais nesta que parece ser a sua 2ª vida como jogador leonino.

Amargo

1. Algumas opções de Domingos continuam a gerar perplexidade entre os sportinguistas. À cabeça surgem os casos de Postiga e de Djaló ( ainda que menor dimensão quando a este último a meu ver ) mas há também questões em termos de dinâmica da equipa que estão a falhar claramente e a mais gritante e preocupante é sem dúvida a clareira que durante toda a 1ª parte existiu no centro do terreno. Zero de dinâmica origina poucas ou nenhumas linhas de passe pois os jogadores estão estáticos e longe uns dos outros. A rever num futuro próximo.
Domingos disse no fim da partida que não são os assobios vindos da bancada que vão nortear as suas escolhas, algo que ainda há poucos dias abordei aqui no blog e que, em menos tempo até do que aquele que tinha previsto, veio à liça.
É claro que para Domingos é uma questão de princípio manter a sua independência na hora de escalonar o melhor onze, e sinceramente não é isso que me preocupa. O busílis da questão reside antes na sensatez que há que ter mesmo quando se tem entre mãos o poder de escolher quem sobe ao relvado, pois se há 25.000 pessoas no Estádio e a vasta maioria não gosta do que vê é porque se calhar nem o Postiga nem o Djaló têm feito bem aquilo que lhes compete. Ignorá-lo de forma tão simplista é elevar o futebol à condição de ciência oculta e eu não compartilho de todo dessa visão.

2. O crédito de Schaars junto dos adeptos está em queda livre. Muito se questionou como seria possível obter um jogador deste calibre por tão pouco dinheiro, mas se o holandês não tem contribuído muito com o seu futebol para o sucesso da equipa o mesmo não se pode dizer do contributo que tem dado para que possamos responder com propriedade àquel´outra pergunta. Foi barato porque tem mostrado ser um jogador banal. O pior que lhe poderia fazer era dizer-lhe que me lembra o Farnerud: estar lá ou não estar é a mesmíssima coisa, e isso é o pior que se pode dizer de um jogador de futebol penso eu.

3. Postiga, 1000 vezes Postiga. Não me canso de recordar aos meus colegas de Bancada aquilo que ando há dois anos a dizer: o melhor reflexo do estado a que o SCP chegou é o facto de o Postiga ter direito a uma canção por parte dos adeptos. Idolatrar um jogador tão displicente, perdulário e pouco inteligente a jogar à bola é a prova de que 1) há quem veja futebol com outros olhos que não os da cara 2) a qualidade geral é tão má que até o Postiga se destaca entre a mediania e a mediocridade. Eu opto pela 2ª, e com um plantel um pouco melhor que o que temos tido nos últimos 2 anos torna-se bastante mais evidente a falta de qualidade do "ariete" das Caxinas. Espero ansiosamente por um novo avançado mas ainda aguardo com maior expectativa pelo dia em que vou ver o Postiga partir de Alvalade. Ontem era tarde.

SL

1 comentário:

  1. Concordo com a tua análise do jogo... Excepto no que dizes quanto ao Schaars. Neste caso é que o período de adaptação tem que ser levado À letra... O homem é um excelente cobrador de livres e nem um acerta... Temos que dar tempo ao tempo... Se por comparação utilizarmos as duas "abéculas" que têm jogado sempre (com os tristes resultados que temos visto) e que já estão no clube há uns anos, ainda mais reforçado terá que ser o beneficio da duvida ao experiente centro campista holandês.

    Defensivamente, e em jogo corrido parece-me que estamos francamente melhor do que em anos transactos, contudo nas bolas paradas na nossa área continua o valha-me deus, parecem uns 'anhucas', ninguém sabe quem marcar e depois ficam a olhar uns para os outros...

    Parece-me que te esqueceste do falhanço quase inacreditável que o Carriço teve a 1,5 m da linha de baliza, só por isso leva nota negativa.

    Parece que a "malapata" da redondinha entrar na baliza adversária começa a desvanecer-se... E foi bonito de ver o Bojinov mal entrou quase a facturar... O Capel a fazer 'gato/sapato' dos adversários...

    Há ali potencial, vamos deixar os jogadores conhecerem-se melhor...

    Agora devemos entrar no jogo como actuamos a partir dos 60 minutos... Sempre em pressão alta, sem medo de por o pé, e, balanceados para o ataque...

    Desconfio que, com o Capel e o Jeffrén em forma, o Wolfswinkel vai-nos dar muitas alegrias!!!

    Saudações Leoninas

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