sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Ronaldo: Um Luso Diferente





O Luso é um ser raro.
Normalmente bisonho prefere uma vida pacata e à sombra do avoredo ( com preferência pela bananeira ) do que aventurar-se na selva, tundra ou savana em busca de algo mais do que o mínimo indispensável para sobreviver. Não bebe água, bebe águinha e apesar de omnívero também não come qualquer coisa pois qualquer coisinha é suficiente.

Este medo de correr riscos, de ser alvo de predadores mais encorpados, tornou o Luso numa espécie fortemente territorial cuja existência se confina a um pequeno rectângulo rodeado de água e espanhóis por todos os lados.

No entanto, de longe a longe, nasce no bando um espécimen tresmalhado que dotado de um invulgar par de tomates ousa desafiar os limites dessa linha imaginária mas quase intransponível e vai por ali fora sem olhar para trás e para, muitas das vezes, jamais voltar.

Os que ficam, reféns do seu temor, começam a padecer subitamente de uma doença da família da raiva que dá pelo nome de inveja e que tal como aquela faz os seus portadores espumarem da boca.

Invejam nos outros a falta de atitude que em si próprios reconhecem quando se olham no espelho. Cobiçam algo que jamais terão por lhes sucumbir a vontade mesmo antes de saberem se têm arte e engenho. Sonham o sonho dos tolos pois de tudo desistem se lhes prometem papas e bolos.

Cristiano Ronaldo é um dos lusos que ousou quebrar a linha imaginária e ir mais além para ver o que lá havia. Por isso é desrespeitado e pouco ou nada admirado pelos seus outrora iguais.

Ontem, no olho-do-cú do mundo futebolístico, bem no epicentro do esparregado a que o obeso Platini e decidiu fechar os olhos, Ronaldo voltou a mostrar o porquê de ser um português diferente. Um português que manda para o caralho quem não o respeita a ele nem ao seu trabalho.

Só por causa disso estou certo que hoje vão voltar a cair bombas em ZENICA.

Dá-lhe CaRalho !

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