quarta-feira, 24 de agosto de 2011

É Guerra, É Guerra.

Há neste momento um sentimento de solidariedade transversal a toda a nação leonina para com a Direcção do clube na luta que esta decidiu travar contra um dos maiores câncros do desporto nacional nas últimas 3 décadas: a falta de imparcialidade das arbitragens e a subserviência dos seus agentes para com um sistema pouco claro e comprovadamente sujo onde alguns dos seus mais importantes actores são movidos por outras razões que não o amor à verdade e à justiça, como seria exigível a quem desempenha tais cargos.

No entanto esta batalha não se afigura fácil pois o Sporting está "encalhado" entre os outros dois grandes que, cada um à sua maneira, tudo farão para diminuir a importância e justeza das pretensões sportinguistas procurando ignorá-las, uns, e ridicularizá-las, outros.

As motivações de ambos são contudo diferentes, pois se de um lado encontraremos um FCP que, tendo conseguido sair quase incólume do processo Apito Dourado, está agora melhor preparado do que nunca para escapar às teias da justiça posto que não voltará a cometer uma segunda vez os erros outrora feitos ( mas que não abdicará concerteza de novos métodos para manter o "status quo" ) , no outro teremos um Benfica que aspira a ocupar o lugar do FCP com a agravante de ter sido nos últimos anos o único clube a atacar abertamente Pinto da Costa e a falar sem rodeios do processo Apito Dourado, o que falaciosamente - como adiante se demonstrará - leva os benfiquistas a alegarem uma suposta superioridade moral face ao Sporting na luta pela verdade desportiva que agora se trava.

Não obstante tudo quanto se escreveu anteriormente, é bom que o Sporting não perca o contacto com a realidade e assuma também culpas próprias para a actual situação em que se encontra o futebol nacional e, por inerência o próprio clube, pois é inegável que as tem no seu cartório, e escamoteá-lo só nos retirará o crédito de que tanto precisamos para vencer esta guerra contra os poderes instalados. Nesse sentido vi com bons olhos as críticas para dentro feitas por Carlos Freitas e Domingos na sequência do empate em Aveiro, e acho mesmo que será importante falar da expulsão perdoada a Jeffrén na 1ª jornada ou de outros benefícios arbitrais de que possamos gozar ao longo do campeonato pois uma coisa é certa: os erros - contra e a favor - não vão terminar.

Mas voltando ainda aos erros próprios, o que mais nos pesa é sem dúvida o silêncio ensuredecedor a que o SCP se remeteu após a divulgação das escutas do Apito Dourado e, mais grave ainda, da punição do FCP nas instâncias desportivas sem que este tenha sequer recorrido da mesma. Esta foi uma péssima decisão em toda a linha pois deu de bandeja ao Benfica a oportunidade para se arvorar em arauto da verdade desportiva com a conivência de certa comunicação social e , sobretudo, do seu canal televisivo, que difundiu falsa mas largamente esta ideia.

Não se pense porém que defendemos o papel desempenhado pelo SLB em toda esta história, pois se há algo que para nós é evidente é que o facto de não termos feito correctamente aquilo que nos incumbia não torna correcta a postura adoptada pelo Benfica na matéria em análise.

Estão bem presentes concerteza na memória de todos uma série de episódios protagonizados pelo SLB e seus representantes que jamais poderão permitir-lhes ocupar uma posição de charneira nesta luta pelo facto de a prática por si adoptada estar reiteradas vezes em insanável contradição com o desejo de justiça e verdade que tanto apregoam.

A realização em Faro da partida com o Estoril, a confissão expressa de LFV de que o factor decisivo para o sucesso desportivo do clube era a existiência de uma cunha leal no principal órgão do futebol portugues, a célebre escuta em que LFV e Valentim Loureiro acertam agulhas na escolha de um dado árbitro para apitar uma final da Taça ( cuja falta de intersse na investigação por parte do MP deu ao FCP o seu principal argumento na alegação de que era vítima de uma campanha prosecutória por parte das autoridades) , o incitamento à violência e ao recurso às armas por parte do Dr. Pragal Colaço na Benfica TV, a defesa do indefensável na agressão de Jorge Jesus a um jogador do Nacional entre outros tristes casos, são suficientes para provar que aquilo pelo que o Benfica pugna é por uma justiça para os outros diferente daquela que quer para ele próprio, e é precisamente isto que tem de ser desmacarado quando da parte do SLB começar a campanha de descredibilização da actuação do Sporting e que em breve, estou certo, começará.

Quanto ao Porto, agora talvez seja tarde para reagir às desconsiderações feitas ao Paulinho - e apenas a essas me refiro já que as feitas as JEB podiam ter sido respondidas pelo próprio enquanto presidente do clube mas este, quanto a mim cobardemente, escusou-se a fazê-lo - ou ao que Pinto da Costa disse a propósito do caso Rui Jorge, mas não devem ser colocadas no arquivo morto pois também delas poderemos lançar mão em breve quando a fina ironia de Pinto da Costa o fizer abrir a boca sobre este assunto. Vamos ter de responder na mesma moeda se quiseremos acabar de uma vez por todas com esta pouca-vergonha.

Em suma, não se adivinham dias fáceis e arrisco mesmo a sugerir à nossa Direcção que compile todos as roubalheiras de que fomos vítimas ao longo das últimas décadas e as divulgue junto dos novos jogadores do clube - que são muitos - para que estes 1) tenham a exacta noção daquilo que está em jogo e 2) dêem 200% em cada partida para a vencer pois de outra forma tal será impossível.

Neste contexto o sucesso desportivo do SCP apresenta-se vital para poder dar força à Direcção na guerra contra o sistema. Os jogadores têm de estar bem cientes disto e do importante papel que protagonizam.

Só unidos venceremos.

FORÇA SPORTING !

SL


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