União de Leiria - Sporting

Finalmente duas vitórias seguidas para a Liga e finalmente Valdés a mostrar serviço.

Numa apreciação global gostei do futebol que mostrámos. Vê-se mais entrosamento e confiança e isso reflecte-se na qualidade do futebol praticado.

Contudo nem tudo me pareceu positivo. A defesa abanou em momentos absolutamente inesperados o que podia ter comprometido o resultado final. O golo do Leiria foi a prova disso e na segunda parte há uma perda de bola pelo Carriço que, a não ter sido assinalada uma falta sobre ele cometida, mas que me pareceu algo duvidosa, talvez o Leiria tivesse logrado o empate.

Não obstantes estes lapsos podíamos perfeitamente ter saído da cidade do Liz com outro resultado.

Deixo-vos então com aqueles que foram para mim os "+" e "-" deste desafio:

MAIS

1. Jaime Valdes: dois golos muito bonitos e plenos de técnica, sendo que o segundo apareceu mesmo na hora certa. Esperemos que este seja o arranque para uma 1ª grande época. Mostrou que a sua posição não é junto à linha.

2. Torsiglieri: Ainda que associado ao golo do Leiria ( a bola por si cortada ressaltou em Vukcevic e sobrou para um adversário ) vê-se que está a subir de forma e que pode mesmo ser reforço apesar de toda a desconfiança inicial por parte dos adeptos e alguma imprensa. Tem bastante calma com a bola nos pés tentando sempre cortá-la e em seguida passá-la com critério.

3. Os adeptos: Não tendo podido ir a Leiria e tendo assistido ao jogo pela TV foi possível ouvir ao longo de toda a pertida os cânticos das nossas gentes no estádio, o que, atendendo às péssimas condições atmosféricas é de saudar. Grandes leões.

MENOS

1. Alguma intranquilidade defensiva: a forma como muitas vezes os defesas do SCP trocaram a bola entre si e o próprio GR fez a equipa passar por calafrios inesperados e desnecessários. Uma situação a rever.

2. A exibição de Vukcevic: Vuk, que começou a época com grande chama parece estar a voltar ao do costume: individualismo excessivo e futebol previsível apesar da entrega total. Fica na retina um lançe na segunda parte em que numa saída para o contra-ataque tenta fintar um adversário antes do meio-campo e perde a bola colcando depois o SCP em apuros. Por momentos lembrei-me do jogo com a Académica o ano passado em Alvalade em que fez exactamente a mesma asneira. Cuidado.

3. A ineficiência das nossas bolas paradas: uma tradição que cumpre de uma vez por todas extinguir. Já cansa.

Por último, vou ficar curioso para ouvir esta semana os críticos do Costinha a darem-lhe os parabéns pelo jogo do Valdés. Ou não.