terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Hieróglifos Leoninos


Na era da informação, a comunicação ocupa um papel fulcral em qualquer estrutura, seja ela governativa, empresarial, desportiva, etc.

A necessidade constante de dar resposta às solicitações externas e às perplexidades de terceiros com interesses directos ou indirectos no desempenho dessas estruturas obriga a que o fluxo comunicacional seja constante, fluído e não deixe lugar a dúvidas, pois de outra forma jamais será eficaz.

A importância de uma gestão adequada deste canal de transmissão de tomadas de decisões e posições relativamente a outros agentes é indubitável pois é através dela que se conseguem agregar vontades colectivas e conferir-lhes o cunho identitário que dará a essas medidas um respaldo que será tanto maior quanto maior for o número de pessoas que nelas se revirem e as apoiarem.

Para isso é fundamental falar claro e a isto me refiro a propósito das declarações de José Couceiro a propósito de Liedson e da ida deste para o Corinthians.

Ao invés de dizer aberta e claramente aquilo que se passou, de forma tanquila e cabal, José Couceiro optou por deixar no ar a ideia de que Liedson se vai embora por um motivo que ele logo nos explicará.

E parante tais afirmações eu pergunto:

Mas que o que é que José Couceiro quis dizer com isto ?

Liedson forçou a saída ?
O SCP devia dinheiro a Liedson ?

O SCP não contava desportivamente com ele ?

O SCP achou que era uma boa oportunidade para limpar a folha salarial ?

Bom, eu creio que quase todas estas interpretações - e mais algumas - são possíveis, o que só prova o quão dúbio e vago foi José Couceiro naquilo que disse, e nisso fez-me lembrar "O Palmelão" Octávio Machado cujas declarações são também conhecidas por não dizerem nada de nada.

Assim vamos viver até 6ª feira na dúvida, tendo de ler todos os dias fábulas e contos nas páginas de jornais sedentos de sangue, e não sabendo no fim se devemos de ir a Alvalade apupar ou aplaudir a direcção, o jogador ou...como vai acontecer comigo, nem sequer pôr lá os pés.

O SCP vive hoje um momento fulcral na sua história, e dirigentes que queiram ser respeitados têm de saber...ou melhor ainda, têm de ter a hombridade de tratar os Sportinguistas como pessoas adultas e responsáveis, e isso só conseguirão falando a verdade, com franqueza e sobretudo com clareza em vez de recorrerem aos já velhos hieróglifos leoninos.

Era isto que esperava com a chegada de José Couceiro, uma forma diferente de estar no desporto própria de uma nova vaga de dirigentes, mas começou com o pé esquerdo e como a paciência já não abunda aqui para estes lados duvido muito que me consiga demover do julgamento ( talvez sumário, confesso ) que já lhe fiz.

Perdeu uma boa oportunidade de marcar pontos.

SL

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